Liderança feminina no agronegócio

A participação no 4º Congresso das Mulheres do Agronegócio foi motivo de orgulho para a equipe da RCA Governança & Sucessão. O contato com pessoas tão engajadas e otimistas nos deu a certeza de que a influência da mulher no agro é uma realidade alicerçada em bases sólidas. Recentemente, pesquisa da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) apontou que 31% das propriedades rurais brasileiras têm uma mulher no comando, o que nos inspira a falar sobre liderança feminina.

O exercício da liderança é uma das atividades mais prazerosas e motivadoras, pois envolve o desenvolvimento técnico e humano. Há de se ressaltar, porém, que a liderança é também estressante. Liderança envolve poder e influência – e o poder tende a gerar o distanciamento entre as pessoas.

Essa distância causa uma sensação de solidão, uma percepção de que é deixada um pouco de lado no apoio e nos relacionamentos com as pessoas. É como se as líderes tivessem que ser constantemente o alicerce emocional de todos sem precisar de contrapartida nessa área.

O fato é que a liderança envolve pressões diárias, tomadas de decisões, constantes crises, árduas responsabilidades, sem contar a eterna necessidade de influenciar. O corpo humano não está preparado para isso e líderes podem entrar num perigoso quadro de ansiedade, revolta e preocupação constante.

Nesta cena, quem assume uma posição de liderança, além de controlar suas próprias emoções, precisa administrar as emoções dos outros. Essa pessoa precisa liderar pelo exemplo, sob o mantra de que ¨aquilo que você faz soa tão alto aos meus ouvidos que não consigo escutar o que você diz¨ (Ralph Waldo Emerson). 

As líderes têm, ainda, a necessidade de inspirar as pessoas em torno de um objetivo comum, criar um propósito que deixe claro, não apenas ¨o que fazer¨ e ¨como fazer¨, mas antes disso – e ocupando protagonismo – ¨por que fazer¨.  Desta maneira é que conseguirão mobilizar as pessoas em prol de objetivos maiores, que vão além dos interesses individuais.

Com esse contexto altamente desafiador, é importante que a liderança feminina entenda que não é nenhuma Mulher-Maravilha. Toda essa carga, pode ser um gatilho para o surgimento do chamado estressedo poder, que transforma boas líderes em líderes dissonantes. Quando líderes entram em dissonância passam a liderar mal, pois vão gerar frustração e antagonismo por onde passam. Com frequência, nem percebem os estragos que causam.

O estresse do poder pode prejudicar a saúde das líderes, que passam a ficar vulneráveis AVC, infarto e outras doenças, tendo suas vidas e carreira interrompidas pelo fato de não terem conseguido harmonizar sua vida profissional e pessoal.

Grandes líderes entendem isso. Assim, para evitar entrar no looping da dissonância, focam a atenção no desenvolvimento do seu intelecto, na compreensão e no controle das emoções, cuidando de seus corpos, e indo ao encontro dos sonhos e crenças mais profundas que alimentam suas almas. Estamos falando de possíveis mudanças psicológicas e fisiológicas que você precisará adotar.

Conte com a RCA Educação nessa trajetória. Nossa palestra LIDERANÇA FEMININA E A HUMANIZAÇÃO DA GESTÃO NO AGRO envolve:

  • Como a psicologia e a neurociência podem ajudar a superar desafios.
  • Características da mulher líder 4.0: empreendedorismo, resiliência, equilíbrio, gerenciamento das emoções, autoliderança.

*Rodrigo Casagrande, diretor da RCA Governança & Sucessão, tem Doutorado em Administração de Empresas, com estágio de seis meses na Universidade de Montreal e é professor convidado nos MBA da FGV Management, onde ministra a disciplina Governança Corporativa.

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